Lalinho
Uma nova imagem no BMX norte / nordeste vem se “desenhando” nos últimos anos, onde aqueles que viam com pessimismo o futuro do nosso esporte, hoje o enxergam de outra maneira, muito boa por sinal.
O BMX “dessas bandas” tem acompanhado a evolução mundial, e se por um lado ainda não temos pilotos mundialmente conhecidos, já temos nacionalmente! Como é o caso do Primo (Pará) piloto de DIRT, e o Daniel Silva (Ceará) praticante do FLAT.
E não só no dirt e no flat, temos também uma boa representação quando falamos em Street, um bom exemplo é o Jampa BMX (Paraíba) e a galera de Messejana (Ceará), porém vale destacar que o que tem mais evoluído dentro do nosso esporte é realmente o povo da terra, muito provavelmente pela popularização do esporte nessa região, como também a falta de Pistas de cimento.
Acompanhando toda essa evolução “revolucionaria” em nosso esporte, não nos bastidores, mas sim atuando diretamente, temos os pernambucanos da LZ Bikes, que sempre estão fazendo a invasão nos estados circunvizinhos, e até mais distantes, como o caso do Pará, Maranhão, Piauí, Rio grande do Norte, Ceará, Paraíba, Alagoas e Sergipe.
A LZ Bikes é bastante conhecida por aqui, e tem crescido bastante dentro do mercado regional, diversificando a procura, e mostrando ser possível trazer qualidade a baixo custo, quebrando aquele paradigma de que quadro bem feito é aquele que não é produzido aqui.
O mercado já ta bem penetrado de LZ, tanto aqui em João Pessoa, Aracaju, Maceió, como, e principalmente, em Pernambuco, onde a grande maioria dos riders locais tem o orgulho e a tranqüilidade de andar com essa marcar.
Para melhor conhecermos essa personalidade que é o dono da LZ, Lonzinho, fizemos uma entrevista não convencional, a qual, passamos via e-mail as perguntas... Se liga Aê!
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VBU-83 – E aí Lonzinho, como nasceu à história da LZ bikes?
Foi a mais ou menos 8 anos atrás, quando alguns pilotos de “Dirt Jump” daqui de Pernambuco se reunia para treinar todos os finais de semana, pois era durante a semana, que nos aproveitávamos o tempo disponível para aplicar alguns conhecimentos e idéias sobre como fazer soldas, corta quadros, projetar chassi, entre outros. E daí foram se passando os anos, as idéias, os conhecimentos foram aumentando e enfim surgiu a idéia de fazer as próprias peças... Pois quebrávamos muitas as peças!
Daí foi quando fiz o primeiro quadro pra um amigo que não tinha condições de comprar um novo e na época também não conseguia apoio... Como ainda hoje é difícil conseguir! Um pouco mais pra frente, graças a Deus, comecei a fazer mais e mais peças e todos estavam gostando e me incentivavam para eu fazer para a comercialização, e não só quando quebrasse as nossas! Foi então que comecei a vender as primeiras peças, foi me aperfeiçoando e cada vez mais surpreendia os pilotos com a qualidade que estava ficando o produto!
Agora faltava apenas um nome... Daí aproveitaram o meu (ELON) As pessoas só me conheciam por LONZINHO, então... por me chamarem e por me conhecerem por esse nome (LonZinho) abreviaram ele para LZ... E ao invés de me chamarem de LonZinho, passaram a me chamar de LZbikes! Que hoje é conhecida como LZ BIKES.
VBU-83 – Como é feito os produtos, quais são os produtos, e quantos profissionais existe na LZ Bikes?
Os produtos são produzidos artesanalmente. Fabricamos quadros, garfos guidões, pedaleiras, bar ends e além dessa produção fazemos serviços como; pinturas, recuperação de peças quebradas e adaptações.
Entre os profissionais são três que se responsabilizam por toda essa produção.
VBU – 83 – Sempre temos feito o intercambio entre Paraíba e Pernambuco, mas sabemos que vc nós últimos meses tem viajado bastante, sempre com os riders...Conta aí sobre os picos, os campeonatos e Jans!
Então... No mês de maio de 2009 vinha combinando com um brother “Lalinho”, piloto overall de Maceió-AL, para fazer uma turnê durante todo o mês! Começamos essa tour em Maceió com role na pista de street, mas também andamos no DIRT da Praça do BIO e no LACK JUMP.
Daí viemos para o recife onde andamos nos DIRTs de Prazeres, na pista de street da CAXANGÁ e também em uma pista móvel que está montada no ginásio esportivo GERALDÃO.
Em seguida fomos para NATAL para um campeonato de Dirt... E na volta tínhamos marcado com a galera de JAMPA para dar uma passada em João pessoa e fazer uma JAM onde rolou aquele velho encontro de idéias e roles na praça do Plaza, em frente ao Shopping Manaíra.
Porém, durante todos os roles e encontros desse mês choveu... Mas nem por isso deixamos de prestigiar praticando o que mais gostamos que é o BMX.
VBU – 83 – O que falta, em sua opinião, para que o BMX nordeste melhore?
Falta espaço para construções de pistas de Dirt e street park, patrocínio e apoio de lojas para os pilotos que possam se destacar pelo Brasil e mundo a fora, promover eventos como; campeonatos, jans, encontros e ter o incentivo do governo.
VBU – 83 – Fala aí, deixando muitos com inveja, como é viver do BMX, para o BMX?
Rapaz... Pra eu viver do BMX foi um desafio, pois sabemos que é um esporte arriscado, mais com toda dificuldade me identifiquei muito com ele, praticando sempre! Onde me desenvolvi mentalmente, pude fazer novas e boas amizades, que também são consideráveis, tive oportunidade como tenho ainda hoje de conhecer a cultura de outras cidades e estados no mundo do BMX.
VBU – 83 – Faça suas considerações finais....
Agradeço primeiramente a Deus! Porque se não fosse por ele, não estava vivendo nada disso e muito menos participando dessa matéria.
Desejo que gerações antigas e novas gerações vivam no mundo do BMX de uma forma amigável, considerável, humilde, simples e popular. “Pois somos irmãos”
Quero deixar um grande abraço para os BMX´s de João pessoa, Natal, Fortaleza, Pará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Maceió, Sergipe e por onde passarmos!!!
Também quero deixar um salve para “Solano Alves” que é responsável por esse Blog e que está sempre incentivando o BMX.
