domingo, 23 de dezembro de 2012

Rogério Cego - Butecos Bikes





Muitas pessoas boas e ruins serão lembradas no futuro, e dentro dessa expectativa, espero que uma dessas pessoas seja o Rogério Cego,que muito provavelmente deva ter algo de ruim a ser lembrado, mas que para mim só tem lembranças boas a resgatar. Rider nordestino, cearense, do Real Street, o cara fez e faz parte da história de ontem e hoje do BMX, acompanhou as mudanças do esporte, mas nunca se vendeu a elas, acompanhou a evolução, e dentro da sua cena contribuiu bastante para que Messejana seja lembrada, ao menos por mim, como um dos templos do BMX Street desse lado quente do Brasil. As linhas abaixo segue uma entrevista via e-mail com o cara...

1. Em um primeiro momento se apresente (Nome, cidade, idade).

Opa meu nome é Rogério sou conhecido como Cego moro em Fortaleza e tenho 39 anos


2. Cara, pela sua idade muito provavelmente você viveu o BMX dos anos de 1980 e 1990, da década dos anos 2000 e estar vivendo essa corrente (2010). Durante todos esses anos o BMX mudou muito, aponte aí as coisas boas e ruins desses anos.

Começei a andar em 1984, nesse tempo o BMX era bem escasso aqui em Fortaleza, não existiam campeonatos e lojas de Bmx, nessa época era outra pegada, só andava quem tinha muita força de vontade e gostava realmente do bmx, não me lembro ao certo o ano, mais o bmx aqui em fortaleza teve um boom com uma demonstração da equipe Monark num Shooping com os pilotos Aribú, Aero e outro que nem me lembro o nome, nessa época foi muito Style andar com os caras de São Paulo nos anos 80, já hoje em dia tá tudo mais fácil e acessível temos mídia, campeonatos o bmx cresceu bastante e os pilotos que estão começando já pensam em campeonatos e patrocínios o esporte e levado bem mais a serio por outro lado aquele velho feeling for fun que existia a anos passados foram dexado de lado, mais tudo tem o seu preço essa é a evolução do bmx.

3. A última vez que nos encontramos foi em Recife (2010), e tomamos uma cana grande. Anos antes Eu e o Darlan fomos pra Fortaleza (2008) e bebemos muito lá na quadra da Messejana acompanhado com vossa senhoria. Isso me deixou algumas dúvidas: Você é alcoólatra? Como é misturar o álcool com o BMX Street?

Hoje to bem mais calmo não rola tanto aquelas festinhas bmx que rolavam a anos atrás, só uma cervejinha de leve, acho que vo virar um atleta rsrsrrsrrsrss.


4. Tu achas que o pessoal do BMX hoje é muito cheio das frescuras? Tipo tem que ter a bicicleta da moda, tem que andar todos “bunitinhos”, tem que ter a bicicletinha com menos de 10Kg, caso contrário não dar pra mandar nenhuma manobra. Tu acha que falta mais testosterona nesse povo?

Essa é a evolução do esporte né veio, ninguém quer andar mais com bike de 20 kilos, nem dá rsrsrsrrsrsrs.

5. Fortaleza tem uma das melhores cenas de BMX do Brasil, muitas pistas, muita gente andando, pilotos de alto nível, etc. mesmo assim, pelo que notei, o pessoal aí é meio que inimigos um dos outros... Ainda rola essas tretas?

A hoje ta bem calmo, só não tem muita gente assim andando, antigamente tinha bem mais e sobre as pistas poucas são boas a maioria das pistas são uma bosta, feitas por engenheiros e construtoras que nem sabem o que é uma transição, se for pra somar aqui em Fortaleza as pistas que são boas pra um role sobra 2 ou 3 no máximo.

6. Aponte 5 pilotos que você admira.

Sempre ando com uns caras aqui em Messejana esses caras eu admiro de verdade o Nailson, Tubarão, Genezio(a lenda), Zezão e muitos outros, esses caras são da bagunça.

7. Ano retrassado, se não me engano, você e o Nailson foram dar um rolé lá em São Paulo. Como foi a experiência?

Foi umas das melhores Trips que já fiz, foram 4 dias de muito bmx, baladas na Algusta com os caras do Darkside que por sinal nos receberam muito bem, foram vários roles praça Roosevelt(extinta), Imigrantes, Ibira até passamos lá no Drac , resumindo foi muito legal.

8. Para finalizar, quando tu enfim vem até João Pessoa PORRA?

Porra veio to devendo uma passada ai em João Pessoa, acho que esse ano de 2013 agente chega por ai, se o mundo não acabar né, rsrsrrsrsrssrsr.






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