O vídeo abaixo é um projeto a tanto já pensado, imaginado, idealizado e que enfim foi concluído, obviamente não em um quase 6 minutos de vídeo, mas em um final de semana de muito rolé, conversas e cervejas. Tramado pelo Marcelo Rodrigues, local de João Pessoa, pilotos que se intitulam como seguidores do Real Street, estiveram no feriadão da Proclamação da República na capital da Paraíba, para investir em um rolé de compromisso, o qual fizeram valer a passagem para um não campeonato, e sim uma simples reunião For Fun.
Enfrentando a não chuva e o não frio, os forasteiros que foram muito bem recepcionatos pelos colonos, andaram e casaram muito no Plaza, uma pista que resume muito bem o estilo dos caras, que de posse de suas tecnologicas bicicletas e câmeras, usaram e estupraram muito bem a pista, um rolé extremamente libidinoso, e que vai merecer BIS. Não em João Pessoa, mas em outro estado, em outro feriado, de todo modo, o vídeo também serviu de prévia para aquilo que estar pra retornar, o Jampa BMX, grupo que ensaia a sua volta ainda neste corrente ano.
Espero que todos tenham a ciência da importância dos fatos consumados!
Se delicie abaixo.
sábado, 24 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Entrevista - Marcelo Mouzanier
VBU: Kaçote diga para nós qual sua origem (estado), sua cidade e a tua idade.
Marcelo Mouzanier: Sou do estado do Rio Grande do Norte , Natal. E tenho 26 anos.
VBU: Tu é oriundo de um estado que quase não tem pista. Relate para os pilotos como foi conseguir um bom nível em nosso esporte frente esta situação.
Marcelo Mouzanier: No começo foi bastante complicado em questão de tudo, tanto por conta da bike como também por falta de pista, que não tinha e até hoje não tem em Natal (só promessas e nada ate agora!). Com o tempo ralei bastante pra ter uma bike, pois na minha época não tinha peças gringas, só peças normais, montei minha bike com meus bicos e comecei a andar. Logo depois inauguraram um Half Pipe, que no tempo estava no auge, conheci uma galera das antigas como: Peido, Chigueirinho, Rudinho, Nonta, Pica Pau, Junior Caveira, Werton, Getúlio, entre outros. Foram eles que me motivaram a andar, passei uma boa temporada treinando de segunda a segunda, foi a época que o pessoal começou a crescer, mas com passar do tempo foi caindo a motivação, a falta de pista era cruel, pois a única pista que tinha era na Zona Norte. Pra lá iam o pessoal de todos os locais, da Zona Sul, Zona Leste e Zona Oeste, era e é muito longe pra galera comparecer, mas todo final de semana a galera se reunia. Com passar do tempo boa parte da galera desistiu, de todos o único que permaneceu andando foi eu, graças a Deus. Com o tempo apareceram uma galera nova que com pouco tempo de rolé tava andando bastante, isso me motivou muito em poder ajudar, dar um toque, mostrar como se faz. Na minha época era bastante difícil alguém jogar manobras de alto grau de dificuldades e com passar do tempo teve bastante campeonatos, dai fui me destacando nas grandes competições no Nordeste, mesmo sem ter apoio financeiro, foi mais uma questão de trabalho, com bastante força de vontade.
VBU: Aqui no Nordeste rola uma integração entre os pilotos muito boa. Por exemplo, apesar de toda a distância e a falta de grana sempre nos vemos em campeonatos em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e em Fortaleza. Nesses estados, quais os melhores campeonatos que você participou e quais fizeram falta na sua instante de troféus?
Marcelo Mouzanier: Todos os campeonatos que participei me marcaram, conheci muitos caras do nordeste que andam muito mesmo, aprendi com eles, me passaram um incentivo maior pra continuar nesse esporte e alem de tudo fiz muitas amizades. Com o tempo meu rolé teve mais reconhecimento, foi crescendo meu nível ao passar dos anos. O campeonato que me marcou mesmo foi do Pernambuco, o Street Contest, que veio gente de todo Brasil, um dos maiores eventos do Nordeste, dentro do ginásio com rampas de madeira, um sonho de qualquer piloto andar na pista assim. Consegui ficar em 5º colocado na classificação geral com mais de 40 pilotos. Outro grande evento foi na Paraíba, Batalha do Concreto #4 (2012), que foi um dos melhores na modalidade Real Street, esse fez falta na minha instante de troféus!
VBU: Como está sendo a experiência de morar e andar no Sudeste do Brasil?
Marcelo Mouzanier: Depois que vim pro Sudeste do Brasil minha vida e meu rolé mudou bastante, isso com poucos meses morando aqui, minha vida mudou pra melhor graças a Deus. Tive ajuda de vários amigos de São Paulo pra conhecer picos de rolé, e a Dream BMX me ajudou muito me dando um trabalho e moradia.
VBU: Estais trabalhando e sobrevivendo de que?
Marcelo Mouzanier: Comecei a trabalhar na Dream BMX e agora recebi proposta de 2 anos pra trabalhar no Beto Carrero, fazendo Show de bike com equipe bastante qualificada de pilotos. São eles: Thiago POP de Recife, Mike Moura de São Paulo, Gilmar Soares de Recife e Dantas local de Santa Catarina.
VBU: Uma lista não representa a verdade inquestionável das coisas. Mas faça uma para nossos leitores indicando os melhores pilotos do Nordeste e os melhores do Brasil.
Marcelo Mouzanier: Vamos lá!
Nordeste: Tiago POP, Beto Selley, Rogério Rato, Popô e Italo Gringo.
Brasil: Mike Moura, Dennis Canina, André Jesus, Paulinho Saçaki e Leandro Overall.
VBU: Qual a mensagem que você pode deixar para os pilotos nordestino?
Marcelo Mouzanier: Só desiste da luta quem desconhece o sabor da vitória! Eu lutei e graças a Deus estou onde estou, lute pelos seus objetivos sempre! Grande abraço...
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Cansei - Cansei - Cansei
Entendo que o Brasil seja um país de múltiplas culturas e sotaques. Compreendo também que o Estado brasileiro tenha sido extremamente ineficaz em sua política educacional, quanto a alfabetizar. E sei que o importante no processo da falácia é a comunicação. Mas cansei... cansei... cansei... Pois tudo tem um limite.
Neste corrente ano (2012), fiz uma conta na rede Facebook, com o objetivo de agregar meus amigos que estavam fora da minha realidade espacial residencial, e adicionei à minha lista de “amigos” e “colegas” um grande número de pessoas que praticam meu esporte, que Eu já conhecia, e um montante que não conhecia, e cheguei a uma não difícil conclusão: o povo do BMX é analfabeto funcional.
Segundo o MEC, os indivíduos que se encaixam perfeitamente no analfabetismo funcional são aqueles que sabem assinar corretamente seu nome, tendo dificuldades em escrever, criar ou organizar qualquer outro tipo de texto, ou mesmo escrever palavras simples. Tal conceito se encaixa perfeitamente à grande maioria dos praticantes do BMX, porque os mesmos, apesar de conviveram diariamente com termos como Feeble Grind, Bunny Hop, Tail Whip, Bar Spin, continuam a grafar essas palavras de forma cômica, isso se não fosse trágico.
Eu sei que a internet no Brasil deixa as pessoas mais burras, mas tudo tem um limite. Como o esporte, ou os esportistas do BMX, podem servir de exemplo às crianças, se tais praticantes não tem o mínimo domínio daquilo que é básico em qualquer sociedade não pré-histórica (a escrita)? Como um pai pode apoiar o convívio de seu filho com pessoas que pensam apenas em bicicleta e que detestam livros?
É importante que o BMX se consolide como um esporte de ação de ponta, mas para isso tem que existir atletas iniciantes, amadores e profissionais, que sejam referências para outras pessoas não só na questão atlética, mas também na questão de sucesso intelectual. Infelizmente esse analfabetismo é uma questão nacional, mas em se tratando do Nordeste, ele é mais forte. É fato que o governo é culpado, mas a maior culpa parte do é indivíduo, que se deixou entrar no abismo da ignorância, e que fez das obrigações escolares um inimigo público.
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