quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nordeste REAL street





Muito se fala e se faz pelo BMX atualmente no Brasil, estamos passando pela melhor época do esporte, a fase de ouro, a fase da evolução, e tudo indica que nada está pra parar, muito pelo contrário, tudo vai melhorar, e logo poderemos nos tornar um dos países potências do esporte... O otimismo aqui chegou e ficou.
Porém, em algumas regiões do Nordeste brasileiro a prática do BMX ainda é bastante marginalizada, tanto pela opressão policial, como também pela opressão política, que não investi em centros de lazer e treinamentos, deixando várias promessas sem pistas, coisa que de fato é fundamental pra evolução dos participantes.
Porém nem todos gostam de pistas, e se nem todos gostam de pistas, logo o BMX nunca irá morrer sem elas. A rua é uma pista, as muretas, escadas, paredes, corrimãos, bancos, raízes e arvores são obstáculos naturais que fazem e refazem a vida daqueles que optaram pela essência daquilo que deveria se chamar de FreeStyle, a rua trás o encanto de ser um rider free, avesso as competições sem sentidos, ao EGO dos parques.
É da rua que vem pilotos como Lucas de Sergipe, Diego Cabelo do Rio Grande do Norte, Ligerin do Ceará, Rafael Bailarino da Bahia, Vitor de João Pessoa, Tiago Pezão de Maceió e muitos outros que sabem se divertir bem nas praças e grandes avenidas espalhadas por esse mundão chamado Brasil, fazendo um rolé sem stress, sem muitas firulas, com paciência e nervosismo, com delicadeza e brutalidade, o Nordeste é REAL Street.
Pra mim não existe semelhanças entre pilotos de parques e do real street, não se trata de quem é melhor, trata-se de postura! Tecnicamente, pilotos de parques são ligados em competições, sendo assim possuem um rolé mais mecânico, e obviamente mais competitivo na maioria dos casos. Já aqueles que se apegaram as ruas, formam um conjunto de riders descompromissados, que no caso não se importam muito com o exibicionismo, e que portanto resgatam querendo ou não o caráter e a essência do esporte.
Sou fascinado por todas as modalidades do BMX, e sempre que posso ando no parque da minha cidade, e apesar de nunca ter sido um piloto extremamente técnico, ou bom de verdade, só me sinto realizado na rua, em contato com o asfalto ou com o cimento mal feito, colocando minhas pegs pra assoviar. Foi da rua que conheci os caras mais positivos do BMX, é no underground junto com o Butecos Bikes, Crew BMX e o Fiction BMX que procuro minha forma REAL de viver.

Nordeste REAL Street



Um comentário:

lucas elias lima disse...

sem duvidas o nordest esra cresendo muito eses ultimos 3 anos de bmx
e acho que e o palco principal do real street... ate por falta de pistas e gosto tabem a galera opita mas andar na rua